Festa na ilha Chico Manoel 26 Jul 2016 O Veleiros é tido por alguns como um clube elitista, "de gente abastada com seus iates". Na verdade, a maioria gasta com seus barcos menos do que gastaria para comprar e manter uma chácara na periferia de cidade do interior do estado. É gente muito disposta, que despertou às 7 da manhã do sábado, 23, para desatracar do Veleiros às 9, à temperatura de 8,4ºC e com cerração fechada, que só deu lugar ao sol perto das 11 horas. A navegação de 25 km, do Veleiros até a Chico, foi por instrumento porque não se via nada no rio a mais do que uns 100 metros (veja foto dos molhes do clube mais abaixo). De vez em quando os navios de carga soavam seus apitos na navegação às cegas pelo canal de navegação. A programação na Chico, como a ilha é conhecida, incluiu a tradicional lentilhada que vem sendo lá oferecida pelo clube há meio século. Enquanto a descomunal panela fervia, os Comandantes Andreas Bernauer, Henrique Ilha e Plinio Fasolo tocavam para alegrar o ambiente cercado de flora nativa. A manutenção das instalações estava impecável, como também estava a organização do evento, que contou com uma dúzia de funcionários do Veleiros. O visual daqueles barcos todos atracados, e o vai e vem dos tripulantes nos trapiches, mostrava bem o clima de festa. A confraternização reuniu idosos, jovens e crianças, famílias e amigos. É gente simples, que comeu ao sol, sentada no chão com os pratos no colo, e que cantou músicas gaudérias no galpão crioulo da ilha até além da meia-noite, com o embalo do violão do Comandante João Fossa, depois do dia inteiro na função. O comodoro Eduardo Ribas inovou, oferecendo ônibus até a marina do Comandante Jorge Lessa para os associados que não puderam embarcar. De lá, o clube fez o transporte com baleeiras até a ilha. A idéia deu tão certo, que o desembarque na ilha lembrou as cenas que costumamos ver na mídia dos refugiados sírios na Europa. Valeu Ribas! Valeu Morandi! Valeu Mário! A conquista da ilha Francisco Manoel |
Farolete do Veleiros do Sul sob neblina no sábado, 23/7/16, na partida dos barcos para a Chico
Traslado da marina do Lessa para a Chico em baleeira do Veleiros
A bandeira do Veleiros hasteada na Chico. Ao fundo, um veleiro embalonado aproxima-se da ilha.
Hora da lentilhada
O Galpão Crioulo da Chico
Morandi, o prefeito da Chico, aguarda o primeiro hasteamento da bandeira do Veleiros na ilha
Ferrugem lê a placa em homenagem ao pai Mário logo após descerrá-la com Morandi, enquanto Ribas discursa
Guili Roth
Da esq para a dir, Fossa, Lisboa e Danilo a bordo do Canibal
Quem navega sabe o prazer das 'conversas de trapiche'
A bordo do veleiro Canibal, do Comandante Andreas Bernauer
Preparativos para o bacalhau do almoço de domingo, 24, na volta da Chico
"Conversa de trapiche"
O registro digital da saída do Veleiros em direção à Chico no iPhone.
Os apps de navegação para celulares tem evoluído muito, apontando para o desuso dos aparelhos portáteis de GPS,
como ocorreu com as câmeras fotográficas. Os barcos, no entanto, são dotados de GPS 'profissionais'. Just in case...
Track (percurso) do retorno do veleiro Canibal desde a ilha Francisco Manoel até o Veleiros do Sul (14mn),
com parada para almoço no fundeadouro 'Tranquilo' (Ponta Grossa), gravado no iPhone do Comandante Fernando Lisboa Jr,
e plotado sobre imagem de satélite do Google Earth.
Placa comemorando os 50 anos da Chico
Pôr-do-sol na ilha Francisco Manoel no sábado, 23/7/16