Visita de inspeção

19-Ago-2003

O rebocador Torres da SPH desatracou do porto de Porto Alegre, junto ao Portão Central, na manhã de terça-feira passada com uma tripulação especial.

 

 




Sob o comando do Engenheiro-Chefe da Divisão de Estudos e Projetos, Hermes Vargas dos Santos, o rebocador trazia além da tripulação-padrão, operadores de draga e técnicos especialistas em operações fluviais.

 

 

 

O Torres navegou junto com o Comodoro Ewaldo Ritter, embarcação de apoio do Veleiros do Sul, comandada pelo Comodoro Manfred Flöricke. Tínhamos passageiros ilustres: o Engº José Carlos Martins, diretor de hidrovias da SPH; Engº Roberto Falcão Laurino, diretor adm. fin.; Orlando Machado Sanches, Engº-Chefe da Divisão de Operação e Fiscalização da Superintendência, e a Sra. Clara Borba, assessora de imprensa.

Navegavam no mesmo barco, o Capitão Am. Eduardo Secco Hofmeister, da comissão do Veleiros, e eu, também Veleirador, do site popa.com.br.



Representávamos as três partes envolvidas no Projeto Guaíba Livre: o popa.com.br, que coletou dados e concebeu o projeto, o Veleiros do Sul que o assumiu, e a SPH que
efetivamente realizará a obra de remoção.

 

 


A missão era vistoriar os principais obstáculos em conjunto, e ratificar, definitivamente, a viabilidade técnica da primeira fase do projeto: a retirada dos obstáculos removíveis.

O Diretor Martins mais uma vez manifestou a definitiva decisão quanto à remoção dos obstáculos.

 

Um navegador comum estranha o procedimento de demarcação da SPH: o rebocador aproxima-se ao máximo do ponto a marcar, deixando-o junto ao costado.
Com um sonoro "Feitoooo!!", o técnico no convés informa ao engº Hermes na cabine de comando quando o ponto e a antena do DGPS estão alinhados. O engº então registra no computador (veja foto ao lado).
Como o Torres tem 3m de boca, é preciso descontar 1,5m, pois a antena está no eixo longitudinal da embarcação, sobre a cabine.

O DGPS operado pela SPH utiliza um satélite de serviço pago que informa o erro do Sistema GPS no momento da leitura no local em questão. Daí a precisão submétrica.

 

Sem dúvida o pior de todos os obstáculos é o tubo metálico, vertical, normalmente submerso, a nordeste da Coroa da Figueira.
No detalhe da foto ao lado, perceba a altura em que estava o rio (assinalada) em relação aos molhes do Veleiros, na mesma data.

 

 

 

O tubo está bem no caminho da Fazenda Itaponã, cujo restaurante é usualmente freqüentado por navegadores.
Veja ao lado sua localização
aproximada (CANO1).

 

 

 

O Ponto CANO2 na carta acima refere-se aos 2 tubos salientes da foto ao lado.

 

 

 

 

 

Os trâmites administrativos e burocráticos já foram vencidos pela diretoria da SPH. Cabe agora ao Engº Orlando, Chefe da Divisão de Operação e Fiscalização, ordenar o início da obra. Segundo ele me informou, a draga Santo Amaro, do tipo clam shell, é a mais indicada para a operação. Ela está operando atualmente em Pelotas, e na volta a P. Alegre virá removendo os obstáculos. Espera-se que isto aconteça ainda neste mês de setembro.

O site popa.com.br e o Veleiros do Sul, em nome de toda a comunidade náutica gaúcha, agradecem à diretoria e aos técnicos da SPH pela decisão e vontade de atenderem ao nosso pleito.


Não posso deixar de demonstrar a alegria por fazer parte de um clube náutico capitaneado por um comodoro sensível a ações de expressivo conteúdo. Ações que ultrapassam em muito o limite da corriqueira futilidade associativa, e que extrapolam os interesses exclusivos da entidade.

Que a atitude sirva de exemplo.

Muito Obrigado pelo apoio, Manfredão e Ferrugem!

Danilo Chagas Ribeiro


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