Luz misteriosa no Araçá 06 Jan 2009 Ao tirar os olhos do GPS e olhar para a proa através do parabrisa do pilot house, avistei uma luz bem branca, como representado abaixo. Depois de algum tempo deduzi que a luz estava imóvel e a mais ou menos uma milha de nós. Não há casas por ali. A proa apontava para a foz do arroio, onde só há vegetação e água. Apesar da noite calma e clara, não se via nada, a não ser aquela luz naquele fundão. Presumi que fosse a luz de tope de mastro de um veleiro fundeado no arroio, e mantive a proa nela. Seguir uma luz imóvel é bem mais prático do que navegar por uma tela no painel. Embora seja menos confiável que o GPS, como é um lugar conhecido, me permiti seguir a luz. Em menos de um minuto comecei a desconfiar da nossa proa. Ao verificar o GPS, vi que estávamos mais de 100º fora do rumo (observe o desvio na linha roxa do track, à esquerda da palavra "MULATA" na imagem ao lado). O curioso é que, ao sair do rumo sem me dar conta, a luz continuava na nossa proa, lá no horizonte. Mas até verificar o GPS eu tinha certeza de que estava no rumo correto, baseado no que eu via. Aquela luz sempre na mesma posição. Para a luz ter-se mantido na proa durante a saída do rumo, ela teve que correr muito para poder acompanhar o giro do Magana. E o mais curioso é que ela descreveu exatamente o mesmo ângulo que nós, já que a luz sempre estava à nossa frente. Acontece que, como o raio de giro da luz (estimei em uma milha) era muito maior que o nosso, implicaria em uma velocidade muito alta para conseguir dar conta do arco a percorrer. Considerando a variação daqueles 100º no rumo do Magana em curto intervalo de tempo, ela teria se deslocado a uma velocidade grande demais pra ser um barco. Não fazia idéia do que seria aquilo, mas carro ou avião não era, com certeza. Seria um disco voador? O Mestre e eu concordamos que disco voador não existe. Mas, não sendo isso, o que mais poderia ser? E por que "eles" estariam fazendo aquilo? Seria "um sinal" para nós? Estaríamos à beira de uma abdução? E, neste caso, para onde nos levariam? Poderíamos escolher o destino? Não cheguei a perguntar ao Mestre qual seria sua preferência, mas eu já começava a pensar num harém repleto de mulheres bonitas e calmas, e que não conversassem muito. Tentando descobrir uma causa terrena para aquela luz, fiquei muito desconcertado quando descobri que, indubitavelmente, aquela luz vinha mesmo de fora do planeta! Era a primeira vez que eu timoneava o Magana à noite, e minha visão não era grande coisa através do parabrisa um pouco embaçado. Mesmo assim, como é que eu fui cair nessa, depois de centenas de horas timoneando à noite?... Nunca se sabe tanto, a ponto de não se poder aprender mais alguma coisa. E nesse rumo, quem sabe um dia eu venha a acreditar em discos voadores. Mas enquanto isso não acontecer, recomendo que se alguma vez V. pensar que avistou um OVNI, lembre-se do dito popular: "A assombração sabe para quem aparece".
Comentários: info@popa.com.br Assuntos relacionados: |