15 Dez 2005
 No fim da tarde de sexta-feira, 9 de dezembro, desatracamos do Veleiros do Sul em direção à Lagoa dos Patos. Acertamos os detalhes da navegação digital no Victor, com a interligação do GPS ao computador, rodando o Ozi Explorer. Cartas digitais, waypoints, tracks, etc. Foi um teste para o cruzeiro a Punta del Este. Pernoitamos fundeados na costa norte da Ponta Grossa. O comandante André Barth, grande cozinheiro, preparou o jantar.
 "Horário da Alemanha"
Depois de velejarmos com 29 nós de vento pelas Desertas, na Lagoa dos Patos, voltamos ao Guaíba no meio da tarde do sábado.
Permanecemos algum tempo fundeados na Praia do Sítio e depois tentamos a Prainha, onde encontramos mais sossego.
 Para compensar o esforço extra na Lagoa, o comandante abriu o bar do Victor seguindo o horário da Alemanha. Muito justo.
Prainha
A Prainha tem o nome que merece. São só 300m de areia, de frente quase oeste, no Morro de Itapuã. A apenas 500m do farol, é a praia mais ao sul do Guaíba. De um lado e de outro da praia há pedras enormes formando costões. É uma bela prainha.
O vento foi amainando, e no pôr-do-sol o rio já estava tranqüilo. A foto abaixo dá uma idéia do que foi aquele magnífico anoitecer.
 Ao largo, fundeado mais para fora da praia, havia um barco com turistas pescando. Já dava pra ver o farol piscar.
Não tem preço
Quando a fome apertou, uma luz foi acesa na targa do Fast345, e o fogo foi aceso na churrasqueira. Picanha fatiada, assada com maricá, e servida em gamela de madeira.
A lua clareava o convés e iluminava a areia da prainha. Ninguém deu bola quando o relógio do Victor tocou o fim do quarto, à meia noite.
O cenário com a noite enluarada, a temperatura amena, a paz, a boa companhia, a conversa de cockpit. E ficar por ali admirando a noite estrelada... Isso não tem preço!
Filho de peixe... Neto de peixe...
 Neto do Comandante Egon Barth, que hoje veleja por outras águas, Victor Scur Barth sabe muito mais da faina do que se poderia esperar de um velejador de 18 anos.
A faina em um veleiro da classe oceano exige conhecimentos multidisciplinares, muito além das técnicas da vela pp. dita, como eletricidade, eletrônica, mecânica, navegação, e outras.
Além de dar conta de tudo isso, este windsurfista que consertou a instalação elétrica do Victor nesta navegada, agora passou a fazer navegação digital.
Muito do que o Vitinho sabe foi aprendido com o pai, André, que já velejou bastante, incluindo a Admiral's Cup, no Reino Unido, em 1977. Falamos em armar a asa de pomba, e quando nos demos conta o cara já tinha armado o pau de spinnaker, e já estava caçando o pano, sozinho. E para humilhar os cinquentões a bordo, além de todo o conhecimento, o cara tem um baita vigor físico. Como se tudo isso não bastasse, Vitinho fotografa muito bem.
 CNI
No domingo seguimos em direção ao Clube Náutico Itapuã. No caminho chamei a Tina pelo rádio. A guria já estava velejando no nosso alcance visual e não percebemos. Foi conosco ao CNI. Depois do gostoso churrasco assado pelo Comte Rodrigo Asterix, fomos passear de dingue no Arroio Estância, naquela paisagem bucólica à sombra das árvores grandes que o encobrem.
 Punta del Este
A tripulação do Victor , Comte André Barth, Capitão Am Claudia Barth, e Victor S Barth, prepara-se para realizar em Janeiro de 2006 um cruzeiro a Punta del Este, seguindo a esteira do Orion I, do Comandante Egon Barth. O trio levou oVictor a Florianópolis no Verão passado.
Saiba mais sobre o cruzeiro do OrionI ao Uruguai, em 1948: Vendo a lua nascer quadrada no Uruguai.
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