Ilikai - teria havido alternativa para o salvamento?
Abandonado, mas com seguimento O tanque do veleiro argentino tinha uns 70 litros de diesel quando foi abandonado. Na rotação em que o motor ficou funcionando, o consumo era de uns 3 litros/hora, representando 1 dia de trabalho. O rumo do Ilikai era de uns 200º. Em casa, ao lado da lareira acesa, é fácil dar palpite Remoção de feridos pela Barra do Tramandaí Quando o Ilikai foi resgatado, estava a 59 milhas a sudeste de Tramandaí, cidade de veraneio na costa gaúcha. Imagino que o tempo que o veleiro levaria para percorrer esta distância (tinha vento favorável) seria parecido com a espera para embarcar no Kickapoo Belle (mayday às 6:00h e abandono do barco ao meio dia). Veja a montagem sobre imagem do Google Earth mais abaixo. E, fazendo uso da mesma solução oferecida ao SeaDream1, em vez de percorrer as quase 200mn de navio até Rio Grande, a tripulação do Ilikai estaria a 120km de Porto Alegre (uma hora e pouco por auto-estrada). Bóia da salvação? Com sorte, o Ilikai poderia obter a permissão para manter-se atracado na bóia, como em uma arribada forçada. Não acredito que os funcionários da Transpetro negassem apoio para o transbordo do comandante, nem atracação temporária do veleiro. Segundo o Comte Emílio Oppitz, não seria o primeiro caso de um barco a vela atracar nas bóias. Há alguns anos o veleiro avariado de um comandante gaúcho atracou em uma delas. Outra alternativa talvez, poderia ser o transbordo dos tripulantes do Ilikai, do Kickapoo Belle para uma lancha da Transpetro. Em teoria pelo menos, creio que as alternativas poderiam ser viáveis, se não para evitar o abandono do veleiro, para diminuir o tempo de atendimento ao ferido. Mas diante das circunstâncias, e com o provável desconhecimento da existência das bóias e da infra-estrutura da Petrobrás pelos argentinos, mais a impossibilidade de falar pelo VHF com o terminal a 60 milhas de distância, com aquele tempo, àquela hora, com dor, quem sabe até o receio de pulmão perfurado, saíram-se muito bem. A presente abordagem é aqui apresentada com base nos antecedentes de emergências médicas e nas panes das embarcações citadas, e não representa, de maneira alguma, sugestão do uso das instalações da Transpetro sem consulta prévia. Colaboração: Guto Vieira da Fonseca, Augusto Chagas e Emilio Oppitz |
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Da aquisição de embarcação abandonada por ocupação ou salvamento